ISO 16890: o que é e por que ela importa na filtragem de ar

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Em um cenário industrial cada vez mais exigente em relação à saúde ocupacional, qualidade do ar e desempenho ambiental, entender normas técnicas se tornou essencial. A ISO 16890 é uma dessas normas, e talvez uma das mais relevantes quando falamos em filtragem de ar industrial.

Se você atua em ambientes que exigem controle de partículas no ar, como hospitais, indústrias alimentícias, farmacêuticas, galpões logísticos, sistemas HVAC ou salas limpas, este conteúdo vai te mostrar por que a ISO 16890 não pode ser ignorada.

O que é a ISO 16890?

A ISO 16890 é uma norma internacional criada para padronizar a forma como os filtros de ar são testados, classificados e especificados. Diferente de normas antigas que utilizavam métodos indiretos e de difícil interpretação, a ISO 16890 avalia os filtros com base em um critério muito mais prático: a eficiência na remoção de partículas classificadas como PM1, PM2,5 e PM10.

Essas partículas são as mesmas utilizadas como referência por órgãos de saúde e meio ambiente em todo o mundo, inclusive pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela legislação brasileira. Isso torna a ISO 16890 uma ponte direta entre a performance real do filtro e os impactos na saúde das pessoas que respiram o ar em ambientes controlados.

Por que a ISO 16890 substituiu a EN 779?

Até a adoção da ISO 16890, a norma mais comum era a EN 779, que classificava os filtros pela capacidade de retenção de partículas de 0,4 mícrons em condições laboratoriais.

O problema é que esse método não refletia as condições reais de uso dos filtros em ambientes industriais e comerciais, onde as partículas suspensas têm tamanhos e comportamentos diversos. A ISO 16890 resolveu essa limitação, trazendo uma abordagem mais realista, segmentada e eficiente.

Classificação por frações PM: o grande diferencial

A ISO 16890 divide os filtros em quatro grupos principais, de acordo com sua capacidade de reter partículas de diferentes tamanhos:

  • ePM1: partículas com diâmetro ≤ 1,0 µm (micrômetro)
  • ePM2,5: partículas com diâmetro ≤ 2,5 µm
  • ePM10: partículas com diâmetro ≤ 10 µm
  • Coarse (grossos): partículas maiores que 10 µm

Essas classificações são as mesmas utilizadas para medir a poluição atmosférica, o que significa que um filtro classificado como ePM1 ≥ 70%, por exemplo, remove ao menos 70% das partículas finas com menos de 1 µm, que são justamente as mais perigosas para o trato respiratório humano.

Benefícios da ISO 16890 para empresas e indústrias

1. Maior proteção à saúde dos trabalhadores

Ambientes com partículas finas, como poeira ultrafina, vapores e microrganismos, oferecem alto risco à saúde. A ISO 16890 permite escolher filtros com eficiência comprovada na retenção desses poluentes.

2. Facilidade de comparação entre filtros

Ao padronizar a linguagem técnica com base nas frações PM, a norma torna mais fácil comparar modelos de diferentes fabricantes e selecionar o filtro mais adequado para cada aplicação.

3. Alinhamento com normas ambientais e sanitárias

Empresas preocupadas com a conformidade legal e com certificações como a ISO 14001 encontram na ISO 16890 uma base técnica confiável para comprovar ações em prol da qualidade do ar.

4. Redução de riscos operacionais

Sistemas de ventilação e HVAC operando com filtros mal dimensionados podem provocar contaminação cruzada, falhas em máquinas e exposição a agentes nocivos. A ISO 16890 ajuda a evitar esse tipo de cenário.

5. Aumento da vida útil dos sistemas de filtragem

Filtros classificados corretamente segundo a norma ISO 16890 tendem a ter maior durabilidade e desempenho previsível, evitando trocas desnecessárias e reduzindo custos com manutenção corretiva.

Onde a ISO 16890 é mais aplicada?

A ISO 16890 é amplamente utilizada em:

  • Sistemas HVAC industriais e comerciais
  • Ambientes hospitalares e laboratoriais
  • Indústrias farmacêuticas e alimentícias
  • Fábricas com emissão de partículas finas
  • Escritórios corporativos com demanda por conforto térmico e ar limpo
  • Salas limpas e áreas controladas

ISO 16890 na prática: como escolher o filtro certo?

Ao especificar filtros baseados na ISO 16890, a análise deve considerar:

  • A concentração de poluentes no ambiente
  • O tipo de processo industrial envolvido
  • Os riscos à saúde associados às partículas em suspensão
  • A frequência de manutenção desejada
  • A vazão e pressão de operação do sistema de ventilação

Em ambientes de alta criticidade, como salas limpas ou áreas com COVs e microrganismos, recomenda-se o uso de filtros classificados como ePM1 acima de 80%, frequentemente em combinação com filtros HEPA ou filtros de carvão ativado.

E se sua empresa ainda usa filtros fora do padrão ISO 16890?

Se seus filtros ainda seguem apenas classificações genéricas ou baseadas em normas antigas como a EN 779, sua empresa pode estar operando com baixo desempenho na retenção de partículas, além de correr risco de não atender às exigências técnicas de auditorias, certificações e normas regulatórias.

A boa notícia é que a migração para filtros dentro da ISO 16890 pode ser feita de forma gradual e estratégica — e a Speedair pode te ajudar com isso.

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