Garantir a qualidade do ar na indústria é uma exigência que vai muito além de uma boa prática operacional — trata-se de uma obrigação legal e de um fator determinante para a saúde dos trabalhadores, a eficiência dos equipamentos e a conformidade ambiental.
A exposição prolongada a poluentes industriais, como poeiras, gases e vapores tóxicos, pode causar doenças ocupacionais graves, afetar a produtividade e até gerar multas pesadas por descumprimento de normas de segurança e meio ambiente.
Neste artigo, você vai entender quais são as principais normas que regulam a qualidade do ar industrial no Brasil, como elas se aplicam ao seu negócio e o que é necessário fazer para garantir total conformidade e eficiência no controle de emissões.
A importância da qualidade do ar na indústria
O ar dentro de ambientes industriais contém uma grande variedade de partículas e compostos químicos resultantes de processos produtivos. Poeira metálica, vapores químicos, gases de combustão e microrganismos estão entre os contaminantes mais comuns.
Manter a qualidade do ar na indústria dentro dos padrões legais é essencial porque:
- Protege a saúde dos colaboradores, evitando doenças respiratórias e intoxicações;
- Aumenta a eficiência dos equipamentos, reduzindo acúmulo de resíduos e falhas;
- Evita multas e penalizações ambientais;
- Garante um ambiente mais seguro e produtivo, com menor absenteísmo e maior conforto térmico.
Além disso, um controle adequado da poluição atmosférica demonstra responsabilidade socioambiental, reforçando a imagem da empresa perante clientes, órgãos reguladores e sociedade.
As principais normas que regulam a qualidade do ar industrial
No Brasil, diversas normas técnicas e regulamentações tratam da qualidade do ar na indústria, abrangendo desde a segurança ocupacional até o controle de emissões atmosféricas. Conhecer essas normas é o primeiro passo para manter sua empresa dentro da legalidade.
1. NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
A NR-9, do Ministério do Trabalho, é uma das principais normas quando se fala em controle de poluentes no ambiente de trabalho.
Ela obriga as empresas a identificar, avaliar e controlar os riscos ambientais — físicos, químicos e biológicos — aos quais os trabalhadores estão expostos.
Pontos principais:
- Avaliação periódica da qualidade do ar e das condições ambientais;
- Controle de exposição a partículas e gases nocivos;
- Adoção de medidas de engenharia (como ventilação e filtragem) para eliminação de riscos;
- Registro e monitoramento contínuo dos dados obtidos.
Em 2022, o PPRA passou a integrar o novo Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), reforçando a obrigatoriedade da prevenção de riscos ambientais nas indústrias.
2. NR-15 – Atividades e Operações Insalubres
A NR-15 define os limites de tolerância para exposição a agentes químicos e físicos.
É a norma que estabelece os níveis máximos permitidos de contaminantes no ar, como poeiras minerais, vapores orgânicos e gases tóxicos.
Exemplos de limites de exposição:
- Poeira de sílica livre cristalina: 0,1 mg/m³;
- Monóxido de carbono: 39 ppm;
- Vapores de solventes aromáticos (como tolueno e xileno): até 50 ppm, dependendo do composto.
O não cumprimento desses limites pode caracterizar insalubridade, gerando adicional de salário ao trabalhador e riscos jurídicos à empresa.
3. NR-33 – Espaços Confinados
A NR-33 trata da segurança e da saúde nos trabalhos realizados em espaços confinados, onde há ventilação insuficiente ou risco de concentração de gases tóxicos.
Ela exige monitoramento contínuo da atmosfera interna e uso de sistemas de ventilação e filtragem adequados.
Aplicação prática:
- Monitoramento de oxigênio e gases inflamáveis;
- Instalação de exaustores e filtros de carvão ativado;
- Treinamento específico dos trabalhadores.
4. Resoluções do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)
O CONAMA é o órgão responsável por regulamentar as emissões atmosféricas das indústrias no Brasil.
Entre as principais resoluções, destaca-se a Resolução CONAMA nº 491/2018, que define os padrões de qualidade do ar para todo o território nacional, baseando-se em diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ela estabelece limites para poluentes atmosféricos, como:
- Material particulado (MP10 e MP2,5);
- Dióxido de enxofre (SO₂);
- Dióxido de nitrogênio (NO₂);
- Ozônio (O₃);
- Monóxido de carbono (CO).
As indústrias devem adotar sistemas de filtragem e controle de emissões para manter suas operações dentro dos níveis estabelecidos.
5. Normas técnicas da ABNT e ISO 16890
A ABNT NBR 16401 e a ISO 16890 são referências técnicas para a classificação e desempenho dos filtros de ar.
A ISO 16890, em especial, é o novo padrão internacional que substituiu a antiga norma EN 779.
Ela define a eficiência dos filtros com base na capacidade de reter partículas de diferentes tamanhos:
- ePM10: partículas grossas (poeira e pólen);
- ePM2,5: partículas finas (fumaça e fuligem);
- ePM1: partículas ultrafinas (vírus e microrganismos).
Cumprir essa norma garante que os sistemas de filtragem estejam realmente atuando dentro da faixa de eficiência necessária para a proteção do ambiente industrial e da saúde dos trabalhadores.
Como se adequar às normas de qualidade do ar industrial
Cumprir todas essas regulamentações pode parecer complexo, mas com um plano bem estruturado, é possível garantir conformidade e eficiência no controle da qualidade do ar na indústria.
Veja as etapas principais:
1. Avalie o ambiente e identifique as fontes de poluição
Mapeie os pontos de emissão de poluentes — máquinas, dutos, áreas de soldagem, pintura, moagem ou manipulação química. Essa análise deve ser realizada por profissionais habilitados em segurança do trabalho ou engenharia ambiental.
2. Implemente sistemas de ventilação e filtragem eficientes
A instalação de filtros industriais de alta performance é a forma mais eficaz de garantir o cumprimento das normas.
Entre as opções estão:
- Filtros HEPA: para remoção de partículas ultrafinas e microrganismos;
- Filtros de carvão ativado: para gases e vapores tóxicos;
- Filtros de manga e cartuchos plissados: para retenção de poeiras industriais;
- Sistemas de exaustão e ventilação forçada, que renovam o ar constantemente.
3. Monitore continuamente a qualidade do ar
Use sensores de partículas e analisadores de gases para medir a concentração de poluentes em tempo real.
Esses dados devem ser registrados e comparados com os limites legais das normas NR e CONAMA.
4. Estabeleça um plano de manutenção preventiva
Filtros saturados perdem eficiência rapidamente.
Programe inspeções e trocas regulares de filtros industriais, garantindo que o sistema opere sempre dentro da faixa de eficiência ideal.
5. Treine os colaboradores
O sucesso das medidas de controle depende da conscientização de toda a equipe. Treine os operadores para identificar problemas e seguir protocolos de segurança e limpeza.
6. Registre e documente todas as ações
Manter relatórios atualizados de inspeção, manutenção e medições é essencial para comprovar conformidade durante fiscalizações trabalhistas e ambientais.
Os benefícios da conformidade com as normas de qualidade do ar
Empresas que mantêm a qualidade do ar na indústria dentro dos padrões legais colhem benefícios diretos:
- Redução de afastamentos por doenças ocupacionais;
- Melhoria da eficiência energética e operacional;
- Aumento da vida útil dos equipamentos e filtros;
- Cumprimento das exigências ambientais e trabalhistas;
- Fortalecimento da imagem institucional e da responsabilidade social da empresa.
Em contrapartida, a negligência pode resultar em multas, interdições e prejuízos financeiros, além de colocar em risco a saúde dos trabalhadores e a reputação do negócio.
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